Duo no Rio de Janeiro

“Cantar com a Gadú é um entendimento da passagem do tempo. Uma vez, me perguntaram o que estava fazendo quando tinha a idade dela e respondi isso aqui, ó”, e assim que Caetano Veloso iniciou sua Alegria, alegria, e deixou marcado o encontro de gerações e afeto que formou seu show com Maria Gadú, da turnê Duo, que rolou no domingo, no Citibank Hall. “Essa união faz parte de toda concepção do Caetano. Ele sempre foi um inovador e nunca deixou grandes talentos passarem sem serem notados. Astros se unem”, disse João Araújo, e a mulher, Lucinha Araújo, acrescentou: “Ela só tem de perder um pouco dessa timidez no palco”. Ainda na fila para a entrada dos camarotes, uma voz da produção: “Separa aí um bom camarote para Os varandistas, amigos de Gadú”. O grupo de amigos da cantora, de fato, não poderia faltar. “Os dois falam com a linguagem da alma. São expostos e entregues”, nos contou um dos vocalistas, Leandro Leo. Amigos também da época em que Shimbalaiê ainda não tocava em novela, o ator Dado Dolabelladisse: “A voz dela é aquele afago e Maria merece que todas as portas se escancarem para ela”. Em uma sequência entre solos e canções em conjunto, as lágrimas surpreenderam a cantora, enquanto ouvia sua Shimbalaiê na voz do ídolo Caetano. “Choro sim!”, disparou. E muitas palmas surgiram da plateia, principalmente da mesa composta pelo quarteto Luciano Huck, Angélica, Carolina Dieckmann e Tiago Worcman.“ Eles gostam dos shows entre si e isso é o mais bacana de tudo”, revelou Huck. Angélica ainda completou: “Acho que vou virar fã da Gadú a partir de hoje”. Outro fã da dupla é o ator Reynaldo Gianecchini: “Ganhei de presente um CD da Gadú e virou trilha sonora quando estou no meu carro”. Depois da despedida, foi a hora de cantar Parabéns à cantora, que completou 24 anos.

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