Maria fala ao Portal Amazônia

27/05/2010 11:05

MANAUS - A cantora Maria Gadú, famosa nacionalmente pela música “Shimbalaiê”, falou na tarde de hoje (26) com o Portal Amazônia. Ela que também é compositora, disse que é "legal" vir a Manaus e Belém, cidades que não são polos, para mostrar a sua música.
Com apenas 23 anos, Maria Gadú ganhou projeção em todo o país com o hit que embalou a trajetória da personagem Dora, na novela ‘Viver a Vida.  A cantora vem a Manaus no próximo sábado (29), trazendo outros sucessos como: Linda Rosa e Ne me quitte pas.

Confira abaixo o bate papo com a cantora:

Portal Amazônia - Como é para você, aos 23 anos, ter seu trabalho reconhecido em todo o Brasil?

Maria Gadú - É tudo muito novo pra mim. Eu nunca tinha pensado em gravar um CD e de repente tenho uma música na novela. Eu não havia pensado nisso. Aconteceu e estou me divertindo muito, mas eu nem gosto de pensar nisso tudo.

Portal Amazônia - Você vai fazer um show em Manaus, uma cidade distante dos grandes centros. Acredita ser isso uma prova da repercussão do seu trabalho?

Maria Gadú - A novela dá essa globalizada, essa democratizada. Acho legal ir para Manaus, Belém, esses lugares mais distantes e que não são polos, como São Paulo e Rio de Janeiro, onde tem show todo dia. Acho legal chegar aí.

Portal Amazônia - O internauta @leonardofsoares perguntou por meio do twitter, qual a fonte de inspiração para as suas composições?

Maria Gadú - Não tenho uma fonte de inspiração. Qualquer coisa ou nada me inspira. Eu não fico pensando pra escrever, pra compor. Eu sou muito espontânea, por isso não tenho muito o que crivar como fonte de inspiração. Muitas coisas devem me inspirar.

Portal Amazônia - A internauta @alinekabral, por meio do twitter, pergunta: você imagina estar fazendo sucesso daqui a dez anos?

Maria Gadú - Eu não sei como será o futuro. Eu tento não pensar muito nisso, criar expectativas para o futuro e tal. Acho que esse é o nosso maior veneno e quando não acontece, a gente fica mal e fomos nós mesmos que criamos. Eu estou preocupada com o hoje, com o cuidar e tratar bem o presente. Amanhã e o depois fazer da mesma maneira, mas pensando no hoje.

Portal AmazôniaComo define a sua identidade musical?

Maria Gadú - Eu gosto de tudo, de Bach, Chopin e Mozart à Sandy&Junior , Backstreet Boys, Chico Buarque, e Caetano Veloso. Eu gosto de tudo mesmo. Não tenho preconceito nenhum com música. Gosto de ouvir, curtir, ir ao show. Não gosto de estilo musica, gosto é de música.

Portal AmazôniaA internauta @matosdan no twitter perguntou se você é a reencarnação da Cássia Eller. Ela faz parte das suas influências musicais?

Maria Gadú - Adoro a Cássia Eller, mas não sou a reencarnação dela, até porque quando ela faleceu eu já estava viva. (risos) Eu a acho simpática e insubstituível. Não tem essa de ser a nova Cássia Eller. Ninguém é o novo ninguém, só ela poderia se renovar, como fez ao longo de toda a carreira. Foi uma perda muito grande a nós e aos nossos ouvidos. Sempre gostei e ouvi muito, e ouço sempre.

Portal Amazônia - Como foi gravar a versão de Ne me quitte pas? De onde surgiu a ideia?

Maria Gadú - O meu pai é francês e então eu cantava em casa a música francesa desde pequena. Ne me quitte pas eu cantava junto com meu tio. É uma música de Jacques Brel, que é um belga radicado na França, e sempre a achei maravilhosa. Eu fiz a versão porque é uma música triste mas muito bonita. Acho que dando um toque mais pop para a música, ela fica mais fácil de ser ouvida por outras idades, outras pessoas. Todas as músicas que foram escolhidas pro disco são músicas que eu gosto mesmo, e me emocionam.

Portal Amazônia - Como é ver as suas canções sendo cantadas por pessoas de todas as idades?

Maria Gadú - Eu fico muito feliz de ver a diversidade etária. É muito fofo ver vários senhores e uma criançada, que eu adoro, cantando. Eu fico emocionada. Não sei como a minha música chama essas pessoas, mas fico feliz.

Portal Amazônia - Você  pensa em fazer música com a participação de outro cantor?

Maria Gadú - Eu gosto de todo mundo. Todos com quem eu fiz participação até hoje foram fantásticos, como Paulinho Moska, Vanessa da Mata, Ana Carolina, Gilberto Gil, Caetano Veloso; todos que eu amo de paixão. Não consigo pensar em ninguém específico. Eu queria cantar com todo mundo.

Portal Amazônia - Você já está trabalhando em um novo disco?

Maria Gadú - Musicas novas sempre têm. Vira e mexe estou escrevendo algumas coisas, mas nada para o próximo disco. Eu nem penso nisso. Escrevo porque gosto, pensando nisso, e não pensando em produto. São coisas minhas. Vamos gravar um DVD em julho, em São Paulo, para registrar o nosso show, apresentar os meus amigos.

Portal Amazônia - Como é o processo da composição? Surge primeiro a melodia, a letra ou vem junto?

Maria Gadú - Geralmente vem tudo junto, tanto a letra, melodia, harmonia e arranjo. É difícil, ou quase nunca, eu paro para elaborar uma ideia; e fico feliz por isso.

Portal Amazônia - O que o público deve esperar para o show em Manaus?

Maria Gadú -
A gente vai fazer o disco inteiro ao longo do show, e mesclando com Adoniran Barbosa, uma versão de Noel Rosa, e o maravilhosíssimo Leando Léo, que canta “Laranja” e uma musica dele. O show será bem eclético.

Portal Amazônia - Maria Gadú, mande um recado para os internautas do Portal Amazônia.

Maria Gadú - Olá galera, vim mandar um beijão, um grande abraço para todos vocês. Estou muito feliz em chegar a esta terra, Manaus. Estou extremamente feliz e curiosíssima para conhecer. Espero vocês no show. Um beijo para todo mundo! (IP)
 

Fonte
 

—————

Voltar



Crie um site gratuito Webnode