Vinil da Maria Gadú

Em plena era da música digital, a Som Livre aposta no passado: nos discos em vinil. Os primeiros LPs serão de Maria Gadú (1.000 cópias), Novos Baianos, Barão Vermelho, Djavan e Orquestra Contemporânea de Olinda (500 unidades de cada um) - que devem estar ainda este mês à venda em grandes livrarias. Segundo Leonardo Ganem, presidente da gravadora, o vinil vai atender a um grupo específico.

- O vinil requer interação, um paninho, que você calibre o peso, troque a agulha, coloque a agulha no lugar certo, e vire o lado. Já um iPod, você coloca pra tocar as 16 mil músicas lá dentro e pode parar só daqui a uma semana. Há lugar para tudo, depende da experiência que você quer curtir num momento - comentou Ganem.

Para o executivo, cada plataforma - internet, iPod, vinil, rádio etc - apresenta diferentes formas de rentabilidade e é mais ou menos usada de acordo com o artista e seu público.

- Nosso trabalho em parte é adequar o coquetel de plataformas ao artista. Vejo mudanças no setor, mas com bastante otimismo. A internet não veio acabar com as gravadoras, mas veio transformá-las em empresas de música num outro sentido - disse ele, acrescentando que os CDs e DVDs tradicionais representam 75% do resultado da Som Livre. - Os outros 25% vêm de todas as outras plataformas, incluindo digital, ao vivo, e outros direitos.

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